• “Angola dá exemplo de acções com vista ao desenvolvimento”


    Angola é um exemplo positivo para o mundo na realização de acções que visam o desenvolvimento económico integrado, em função dos avanços conquistados com as infra-estruturas modernas do Corredor do Lobito, considerou, nesta quinta-feira, em Benguela, o alto responsável do Bureau dos Assuntos Africanos da Administração norte-americana.
    O embaixador Troy Fitrell, que liderou uma delegação do Governo dos Estados Unidos que participou na Cimeira de Negócios EUA-África 2025, visitou parte das infra-estruturas do Corredor do Lobito, integrado pelo Porto do Lobito e Caminhos de Ferro de Benguela.

    No final, disse que o que se tem procurado por décadas em todo o mundo, no concernente ao desenvolvimento com base no investimento, encontra-se em Angola, nomeadamente no Corredor do Lobito.

    Fitrell referiu que a integração de todos os aspectos da economia, consubstanciada na Energia, Agricultura, Tecnologia, Agro-processamento e Agro-indústria, podem ser encontrados em Benguela, o que, no seu entender, é um exemplo positivo de Angola e constitui orgulho para a América em participar nesta empreitada.

    Donald Trump é a favor do Corredor do Lobito
    O diplomata norte-americano reafirmou que os Estados Unidos estão comprometidos com o Corredor do Lobito, desmentindo rumores segundo os quais Trump é contra o projecto.

    Segundo Fitrell, quando o Presidente Donald Trump chegou ao poder, apenas descontinuou os projectos que não gostava e que não se enquadram nas políticas dos EUA. “A Administração Trump ama o Corredor do Lobito e aquelas pessoas que andaram a dizer que os Estados Unidos estão a sair do Corredor do Lobito estão absolutamente erradas. Elas sabiam a priori que estavam erradas. Nós estamos com o Corredor do Lobito”, garantiu Fitrell.

    Modelo para África
    A directora executiva do Conselho Corporativo para África, instituição que organizou a Cimeira EUA-África, disse que o Corredor do Lobito é o modelo daquilo que se pode alcançar rumo ao desenvolvimento sustentável.

    Para Forizelle Liser, a estratégia adoptada pelo Governo angolano visa alcançar um modelo que se pode transportar para os outros países africanos. Considerou a visita a uma parte das infra-estruturas do Corredor do Lobito uma forma de encerrar em grande a Cimeira de Negócios EUA-África, realizada em Luanda com o apadrinhamento do Presidente da República e da União Africana, João Lourenço.

    “Estou muito feliz por estar nesta visita. Eu, pessoalmente, solicitei para entrar na delegação que veio cá ao Lobito, Benguela, constatar in loco parte das infra-estruturas do Corredor do Lobito, de que todos falam. Foi um grande prazer juntar-nos a esta delegação, quer os membros do Conselho de Administração do CCA, quer outros, para ver o que decorre no Corredor do Lobito”, disse.

    O governador de Benguela mostrou-se satisfeito pela visita da delegação norte-americana, considerando que a mesma vai contribuir para que o Corredor do Lobito se torne numa verdadeira “plataforma de desenvolvimento”.

    “Estamos todos muito satisfeitos e à espera que com este tipo de actividades (Cimeira de Negócios EUA-África) o Corredor do Lobito se converta, efectivamente, num Corredor de Desenvolvimento, e que crie mais empregos, que desenvolva a Agricultura, as Pescas, a Indústria, o Turismo, que crie melhores empregos, melhores salários e melhores condições de vida para este povo que está muito a precisar cada vez mais de melhores condições para a sua própria vida, para a sua qualidade de existência”, disse Manuel Nunes Júnior.

    O Governador provincial de Benguela, Manuel Nunes Júnior, disse que os anseios da província é para que os investimentos venham e que essa região e Angola seja aquela que todos “nós queremos”.

    O secretário de Estado para os Transportes Terrestres, Jorge Bengue, lembrou que, há 10 anos, o país tinha muitas dificuldades de atrair investimentos, mas as reformas protagonizadas pelo Executivo, partindo na reformulação da regulamentação, criou condições para que se oferecesse maior segurança aos investidores.